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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Crise financeira, pronunciamento da Dilma, juros em queda, novo imposto e inflação em alta. Entenda o que está acontecendo na economia.


Instabilidades econômicas em Setembro/11
O mês de setembro mal começou e economicamente está conturbada. No dia 03/09 a diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional) Christine Lagarde afirmou que uma nova crise financeira global é iminente e os governantes devem rever suas metas de gastos para evitar uma desaceleração em espiral. Um pouco antes no dia 01/09 o COPOM reduz a taxa básica Selic em 0,5% (leia mais sobre a SELIC em outro post aqui) sendo que a inflação vem subindo cada vez mais. A China a segunda maior potencia econômica do mundo e o país que mais cresceu nos últimos anos vem anunciando uma inflação cada vez maior e alguns especialistas arriscam falar que o país entrará em recessão em breve. Afinal, o que está acontecendo na economia e como isso pode afetar nossos planos futuros?

No Mundo...
Em 2008-2009 presenciamos uma crise mundial que pegou a maioria de surpresa quando vários bancos anunciaram dívidas absurdas e dificuldades de quitar seus débitos. O Brasil se saiu um pouco melhor, pois a classe média estava em franca expansão e com os estímulos do governo com redução dos impostos a população gastou como nunca enquanto o mundo lá fora passava por dificuldades como desemprego e queda no crescimento.
Hoje a situação é um pouco diferente. Não existe mais esse elemento surpresa.
Demissão x Consumo
Estamos vivendo um momento de instabilidade econômica sim e todos sabem (ou deveria saber) disso. Alguns países da Europa estão com grandes dívidas enormes e precisando de financiamento do FMI para quitar seus débitos. Essa onda de revoltas e revoluções na Europa tem um pouco de sua origem à insatisfação da população que sofre com altas taxas de desemprego e vê o país obrigado a fazer mais cortes em investimentos reduzindo a qualidade de vida da população.Os EUA tem um déficit orçamentário (despesas maior que receita) projetado para o fim de 2011 de quase US$ 1,3 trilhão.
Enquanto isso, no Brasil...
Ainda não estamos vendo essa crise de perto. Nosso país é muito rico e vem de período de estabilidade e boa saúde financeira. Com isso é possível fazer grandes investimentos na área da infraestrutura para os dois grandes eventos da década em nosso país a Copa2014 e Olimpiadas2016 e consequentemente gerando muitos empregos e circular a moeda internamente independente da economia internacional.  A grande massa da população brasileira segue na margem dessa crise mundial, desconhecendo-a ou simplesmente ignorando. Isso de certa forma é bom, pois o pânico e medo fazem as pessoas reduzirem drasticamente os gastos e a moeda para de circular gerando um círculo vicioso ruim aumentando a recessão cada vez mais.
Esse mega-investimentos tem seus efeitos colaterais. Não nos preparamos para isso. Os investimentos em educação nos últimos 20 anos foram insuficientes e está faltando profissional qualificada no mercado. Por esse motivo os preços dos serviços vêm subindo cada vez mais elevando a inflação. E Inflação não é bom para ninguém! (Leia mais sobre inflação aqui).
Uma medida para controlar a inflação seria aumentar ainda mais a taxa de Juros (que hoje é uma das maiores do mundo) e foi justamente o contrário que o governo fez no início desse mês acreditando que o mercado conseguirá com juros mais baixos ampliar os investimentos em tecnologia e treinar e qualificar mão de obra para suprir a demanda reduziu em 0,5% passando para 12% a taxa básica SELIC.
Em discurso realizado nas vésperas do feriado nacional da independência, a presidente Dilma, declara que está atenta a essa crise e que fará de tudo para proteger o mercado interno  "estaremos bem atentos para evitar qualquer efeito mais grave da crise internacional", ressaltando que "estar atento não significa ficar com medo ou ficar paralisado, ao contrário", mas sim que "vamos continuar trabalhando, consumindo, abrindo e ampliando empresas, plantando e colhendo fruto da nossa agricultura, prosseguindo os investimentos em infraestrutura a todo vapor". A presidente salientou ainda que "nossa situação é de fato privilegiada em relação a muitos países do mundo, mas estamos aquém do podemos e do que necessitamos, e temos muito espaço para crescer". (veja o discurso na integra aqui).
Conclusão:
A crise está aí. Talvez não estejamos dando a devida importância para ela no momento, mas o governo promete estar atento. Fique ligado e observe as notícias, pois podemos (ou não) sofrer os impactados dessa crise a qualquer momento. Se a inflação não cair nas próximas semanas novas medidas para conter o consumo e dificultar o crédito surgirão.
 Circula no congresso nacional, um movimento para criação de um novo imposto (baseado na CPMF) para a saúde. Ainda está em fase inicial, mas que vem tomando força. Medidas como essa só prejudicam a população. O Brasil é um país muito rico e tem elevadíssima carga tributária aproximadamente 40% do salário é devorado pelos impostos diretos (deduzidos na fonte) ou indiretos (embutido nos preços dos produtos e serviços). Essa é uma forma terrível de reduzir o consumo e controlar a inflação. Esteja de olho e cobre do seu deputado e senador o voto contra. O Brasil não precisa de mais imposto, precisa é de menos corrupção.
Vamos monitorar e lhes manter informados, inclusive indicaremos o caminho de como se manifestar contra a criação do imposto.
Filipe Rodrigues

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